Eu acabei de sair do cinema. Acabei de ver um filme que pode nos mostrar futuramente. Cheio de selvagens. Pessoas que não sabiam o que estavam fazendo. Que simplesmente acreditam em si mesmos, e que podem estraçalhar tudo que veem pela frente, se isso for interessante.
Creio que a maioria que viu o filme, ou tenha um raciocinio compativel ao meu, esteja pensando que os selvagens dos quais eu estou falando não são os nativos, mas sim os extraterrestres.
O nome do planeta é Pandora. É habitado por uma raça azul, de aproximadamente 3 metros de altura, com modo de pensar, sentimentos, crenças e valores. Posso dizer que valorizo mais os valores deles do que os nossos.
É uma raça que vê a selva, o lugar em que eles vivem, com amor, com respeito, enxergando uma rede, que liga a tudo e a todos, que nos empresta energia e pega de volta quando chega a hora. É exatamente tudo que nos cerca. Pertencente a uma energia muito poderosa. Uma divindade, a Grande Mãe, já naquela época não mais existente na Terra. Simplesmente porque a natureza foi devastada na Terra.
O filme começa aos olhos de um soldado que acorda depois de 6 anos durmindo numa câmara de conservação, dentro de uma nave, que vai mandá-lo pro tal planeta, chamado Pandora. Lá dentro, o exército não passa de um bando de mercenários, que vão fazer o trabalho sujo por um mineral que deve ser extraído pra gerar energia na Terra.
O soldado, por intermédio de um híbrido criado a partir do DNA de humanos e dos Na'vi (os nativos), acaba conhecendo e se apaixonando por uma Na'vi. Com ela, ele aprende seus costumes, sua lingua, e a respeitar tudo que vem da natureza. Eles sabem que eles vem dela, e que se ela acabar, eles também acabam.
É incrível como a gente é insano. Como a gente é inteligente e insano. É incrível o que a gente faz por um simples pedaço de qualquer coisa, seja por papel ou seja por metal, seja uma cédula ou uma moeda, seja lá quais forem os nossos valores, nós os perdemos totalmente por coisas tão pequenas. Nós tiramos vida, por uma coisa tão pequena.
O pedacinho insignificante de Pandora.
Não tem como eu falar completamente o que eu sinto sobre esse filme. Eu senti a agonia deles, o desespero, eu senti a alegria, eu senti a fé, eu senti o filme.
E tenho dito,
Lipe.
P.S.: O único filme que me fez chorar. Quatro vezes.